AS PESSOAS , inclusive os jornalistas, podem ser contrárias ou favoráveis à introdução de leis raciais no ordenamento constitucional brasileiro. Não é necessário, contudo, falsear deliberadamente a história como faz o panfleto disfarçado de reportagem publicado nesta Folha sob as assinaturas de Laura Capriglione e Lucas Ferraz ("DEM corresponsabiliza negros pela escravidão", Cotidiano, 4/3).
Leia o texto na íntegra
aqui (só para assinantes)
Acredito que as informações mostram que o senador acertou em suas colocações:
ResponderExcluirSobre a origem do tráfico de escravos eis o que o historiador Manolo Florentino, maior especialista brasileiro no assunto, disse no caderno idéias, do Jornal do Brasil , em 21/07/2001:
”Somente 1% dos 10 milhões de escravos enviados à América foram capturados diretamente por europeus. O grosso veio de guerras internas, que tiveram como subproduto a venda dos subjugados para a América”, explica Manolo. ”Para o movimento negro é muito difícil aceitar isso”, reconhece. “
Sobre a tese da mestiçagem originária do estupro vejam o que Florentino diz , no artigo chamado "da atualidade de Gilberto Freyre", presente no livro "Divisões Perigosas" :
“Libertavam-se mais mulheres do que homens, e desse modo as forras faziam circular valores, símbolos e práticas próprias do cativeiro. Majoritariamente entre os libertos, logo uniam-se a homens livres pobres, não raro a portugueses famintos de mulher. Eis aqui um dos logros mais esquecidos da evolução do pensamento de Gilberto de Casa Grande e Senzala e Novo Mundo nos Trópicos: a alforriada contribuiu mais à mestiçagem do que o intercurso entre a escrava e o senhor. Resultamos do encontro de pobres amantes”
Em relação à sua posição sobre cotas raciais: muito bom ver um político com disposição ao debate de idéias, sem medo das ONGs e sem paternalismo interesseiro e com uma visão de Brasil para o longo prazo. Parabéns Senador
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