sábado, 20 de fevereiro de 2010

Coluna Língua Portuguesa - por Sinésio Dioliveira

"A verdade é que, os candidatos de propostas, terão chances; os de 'conversa mole', serão execrados.”

A frase acima faz parte de uma nota publicada em um jornal semanário de Goiás. Quem a redigiu não pode, de forma alguma, recorrer à expressão “não altero uma vírgula”. Na verdade, o que se deve fazer na respectiva frase é retirar todas as vírgulas. Não inclua aqui o ponto-e-vírgula.

A razão disso é muito simples: as três estão cometendo algo proibido: separando sujeito (A verdade é que/ os candidatos de propostas/ os de 'conversa mole') e predicado (os candidatos de propostas.../ terão chances/ serão execrados).

Entre o sujeito e o predicado, que são classificados como termos essenciais da oração, só pode haver vírgulas se entre eles aparecer alguma informação acessória. Os exemplos a seguir mostram isso:

Carlos, o delator da sala, foi o primeiro expulso da turma.

A moça, ontem pela manhã, estava sorrindo.

Os termos negritados são informações acessórias, por isso estão entre vírgulas.

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