sábado, 13 de fevereiro de 2010

Coluna Música


Falar do rock e da música pop vinda dos Estados Unidos e não se lembrar de Dave Grohl é um erro tremendo. E não é à toa que o músico é citado como referência em revistas de música e comportamento de todo o mundo. O ex-baterista do Nirvana e atual guitarrista, vocalista e líder do grupo Foo Fighters (termo usado por aviadores durante a Segunda Guerra mundial para descrever fenômenos desconhecidos no ar, classificados como objetos voadores não identificados - ovnis) esbanja talento e tem quase que a fórmula perfeita de um grande compositor de sucessos radiofônicos.

Os dois ultimos dvds lançados das duas bandas famosas que deu sua contribuição são um exemplo da vitalidade sonora de Grohl. Premiado três vezes com o Foo Fighters com o Grammy de melhor álbum rock, o músico aparece em duas fases distintas da carreira em apresentações ao vivo.

A primeira é no dvd ao vivo Foo Fighters live at Wembley Stadium, lançado em agosto de 2008. O registo em vídeo conta com a participação de Pat Smears, primeiro guitarrista da banda, Rami Jaffee, que toca teclado, acordeon e piano, Jessy Greene no violoncelo, violino e segunda voz, e Drew Hester, que mesmo na percussão, leva a plateia ao delírio com um solo de triângulo.

São 18 músicas executadas para mais de 66 mil pessoas em Londres, no estádio de Wembley. A plateia dá um show a parte durante a apresentação em coro quase todas as músicas. Além da liderança e carisma de Dave Grohl, as participações especiais de John Paul Jones (Led Zeppelin, Them Crooked Vultures) e Jimmy Page (Led Zeppelin). Os convidados tocam duas músicas, uma delas a consagrada Rock And Roll, do Led Zeppelin.

Desde a abertura do show, com The Pretender, até o desfecho, com um Dave Grohl emocionado em Best of you, são quase duas horas de sintonia surreal com o público. O quarentão (41 anos) não é o único vocalista da noite. O baterista Taylor Hawkins canta duas das canções durante a apresentação.
Houve menção à fase em que Grohl tocava no Nirvana, com a música Marigold, que foi gravada originalmente em uma fita cassete no projeto solo chamado Late!. O show vai da calmaria de Skin And Bones para a gritaria em Monkey Wrench sem nenhum choque. Grande produção e condução maravilhosa da apresentação. Um dvd que não cansa.

Augusto Diniz

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