domingo, 28 de março de 2010

Coluna Música - por Augusto Diniz


Assim como dizem que Lulu Santos é o hitmaker (fazedor de sucessos) brasileiro, atualmente os Foo Fighters e Dave Grohl são os donos de músicas bastante executadas no circuito pop. E conseguem fazer isso bem desde o primeiro disco, Foo Fighters, de 1995. Mas irei, na coluna de hoje, me restringir a falar um pouco apenas do disco The colour and the shape, segundo álbum da banda de Seatle, Estados Unidos, cidade que já foi o inferninho do Grunge.

Livre do rótulo de banda que sucedeu o Nirvana, Dave Grohl conduziu o Foo Fighters ao seu melhor disco em 1997. A capa azul com imagens em tons de cinza brilhante já impressiona. E não é só a arte do disco que é bem feita. Desde a bela e grudenta Doll, The colour and the shape traz sonoridade bem casada entre as faixas.

As canções que mais fizeram sucesso deste disco são Monkey wrench, Walking after you, a marcante Everlong e My hero. Todas elas ganharam clipes. As outras nove músicas, apesar de não terem sido lançadas como singles para divulgar o álbum, não fica atrás delas, como a baladas See you, My poor brain e as marcantes Up in arms, Enough space e Hey, Johnny Park!

Muitos vão dizer que os discos There’s nothing left to lose ou In your honor, mas escolhi The colour and the shape pela importância que tem na transição musical do grupo. A entrada de Taylor Hawkins no lugar de William Goldsmith na bateria evidencia o potencial de variação melódica da banda. Foo Fighters agregou ao som pesado um baterista com experiência em diversidade no meio pop, já que veio de uma turnê com a cantora canadense Alanis Morissette no auge, quando tocava nos show as músicas do disco Jagged Little Pill.

The colour and the shape é o segundo e último disco do guitarrista Pat Smear, que já tocava com o vocalista e guitarrista Dave Grohl quando o líder do Foo Fighters era o baterista do Nirvana. Agora Smear toca nos shows, mas não participa das gravações de álbuns, como se fosse um músico contratado.

Do disco Foo Fighters para esse segundo a banda descobriu a fórmula que abriu espaço nas rádios, canais de TV, e saíram do espaço limitado que tem o canal de televisão MTV. Nem sempre uma banda como o Foo Fighters, que fazia sucesso com Big Me na MTV era um conjunto conhecido pelo grande público. Com o segundo álbum e a mistura entre baladas e músicas mais pesadas, a carreira ganhou novas possibilidades, convites para apresentações em vários países e canções nas paradas de mais executadas de rádios em milhares de cidades do mundo.

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